Entrevista - Rubinho, o experiente.

Sabemos que o físico de um piloto é testado ao límite durante o percurso de uma temporada, e a Fórmula 1 exige muito dos pilotos. Com 258 corridas sob sua carreira e ainda contando temos um Barrichello que não está mostrando nenhum sinal de estar cansando.

Mônaco foi um belo exemplo disso. Em uma corrida com muitas surpresas, Barrichello conseguiu se destacar ao marcar 3 pontos mostrando que ainda está competitivo como nunca!

P: Rubens, voce é agora o recordista na Fórmula 1. Uma realização fabulosa, mas será que isso indica que a sua longa carreira está chegando ao fim?

R. Barrichello: Não, na verdade não. Obviamente tudo chega a um fim mais cedo ou mais tarde, mas raramente eu já me senti mais bem preparado fisicamente e mentalmente, então na minha cabeça é somente um número neste momento. Eu não sinto que possuo 36 anos, eu não sinto que eu tenha tantas corridas assim sob mim. Eu só estou curtindo o momento - e estou pilotando bem!

P: Então o campeonato de 2008 não vai ser um de despedida?

R. Barrichello: Bem, a comemoração e o bolo e a apreciação das outras equipes foram muito bacanas - e eu fiquei muito mexido emocionalmente porter testemunhado tudo isso - mas eu ainda estou fazendo o meu trabalho e o resultado de domingo provou isso. Então por que eu deveria colocar tudo isso no passado?

P: O automobilismo se tornou mais ou menos interessante pra voce?

R. Barrichello: Estou numa situação na qual a minha mente que é a grande jogadora. Estou muito motivado e com a entrada de Ross Brown, eu definitivamente sei que nós estamos passando por uma mudança para o melhor. Com certeza, o carro não é tão bom ainda para o que eu pretendo atingir, mas neste momento eu sinto como se eu nunca tivesse pilotando tão bem, então tudo o que eu preciso é de um carro rápido para mostrar os resultados. Minha mente continua dizendo sim as corridas.

P: Antes do resultado excelente desse fim de semana, a Austrália foi o único momento de brilho nesta temporada, como que vc defeniria 2008 até agora?

R. Barrichello: Bem, antes de Mônaco eu tive algumas oportunidades para marcar pontos, mas o carro e a sorte não estavam ao meu lado. Na Austrália, eu tive muito azar com o "safety car" e na Barcelona nós estavamos competitivos. E, em Mônaco fizemos bem. Mas ainda temos que melhorar porque Mônaco é a excesão da regra.

P: A Honda parece bem paciente para encontrar a cura certa. o Brawn é essa cura?

R. Barrichello: Sim, com certeza! Até agora ele fez um super trabalho com as ferramentas que ele tem em mãos. Com mais alguns resultados bons as coisas vão se animando e mostraremos realmente o que temos.

P: Voce trabalhou com o Brawn durante muitos anos na Ferrari, o seu conhecimento íntimo do método de trabalho de Brawn faz com que o desenvolvimento da equipe vá pra frente?

R. Barrichello: Sim, ajuda! Especialmente sabendo como que ele trata as coisas e ele é muito, muito determinado para fazer as coisas acontecerem. Eu era um grande fã dele na Ferrari, mas é que ele está trabalhando melhor agora. Ele é que nem eu - ficando mais velho e melhor.

P: Obviamente, está muito cedo pra falar sobre vitórias, o que voce espera realizar?

R. Barrichello: Eu sinto muita falta de vencer corridas. Na verdade, eu sinto muita muita falta. É por isso que eu me esforço tanto na hora de testar e fazendo com que as coisas sejam feitas. Eu simplesmente sei que eu estou preparado seja lá quando for que o carro esteja. E em Mônaco, isso tudo veio à tona.

P: Mônaco divide o Paddock, com pilotos ou amando ou odiando o circuito. O que voce acha?

R. Barrichello: Em Monte Carlo qualquer coisa pode acontecer. Voce pode superar problemas sendo um bom piloto. E voce tem que ter uma mente aberta em relação a pista.